Cruz Vermelha Brasileira distribui cestas básicas para vulneráveis sociais no Rio

07/02/2017 Por: Jorge Velloso Fotos: Leonardo Ali e Marcos Ramos

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Moradores socialmente vulneráveis da Vila Kennedy, em Bangu, Rio de Janeiro, receberam boa parte das 500 cestas com alimentos doadas pela Cruz Vermelha Brasileira no estado. A ação é resultado do “Dia da Solidariedade”, campanha realizada em parceria com a Fundação Via Varejo que permitiu a compra de 3.500 cestas que serão doadas em sete estados.

Cruz Vermelha Brasileira distribui cestas (5)Os beneficiados do Rio foram indicados pela associação de moradores do local onde a instituição de ajuda humanitária realiza cursos de Primeiros Socorros e alguns dos seus projetos sociais. Entre os que integravam a lista dos vulneráveis sociais na comunidade estava Manoela de Jesus Diogo. Com o mais novo de seus três filhos no colo, a jovem de 27 anos relatou a dificuldade que enfrenta para, sem trabalho e com o marido preso, alimentar as crianças. “Se minha comadre não pagasse meu aluguel, estaríamos sem ter onde morar”.

Outra beneficiada foi Elisângela do Nascimento, que tenta comprovar a paternidade de seus dois filhos e mora em “um pequeno barraco de madeira”. Contando apenas com o que recebe do Bolsa Família para sobreviver, ela diz que só consegue fazer as raras faxinas que aparecem quando a irmã pode cuidar das crianças.

Com quase 70 anos, Severina Maria de Almeida é outra que sofre as consequências da falta de emprego que assola o país. Diabética e com dificuldade para enxergar, tem que sustentar seus dois filhos, de 35 e 36 anos, que estão desempregados. “Esta cesta foi uma grande ajuda, pois só contamos com um salário mínimo da minha pensão”.

Cestas com alimentos também foram distribuídas para integrantes de outros três projetos realizados no Rio que assistem, respectivamente, mães adolescentes, menores infratores e refugiados. Entre os que fazem parte do último grupo estava Fabrício Kula, de 21 anos. Ele contou que perdeu a família na guerra civil no Congo e que a maior dificuldade que enfrenta, após um ano morando no Brasil, é a falta de trabalho.

Cruz Vermelha Brasileira distribui cestas (7)Os refugiados assistidos no Rio de Janeiro, além de alimentos, têm aulas de português, para facilitar a inserção no mercado de trabalho. Também encontram ajuda para o contato com os parentes que ficaram em seus países de origem. Clemence Mwakwilayi, de 31 anos, outra congolesa beneficiada com a cesta, deseja ir à São Paulo, receber produtos que a irmã enviou por um amigo que mora na capital paulista.

Apesar das dificuldades, há esperança entre os congoleses. Pedindo ajuda para obter um computador que facilite seus estudos, John Makanzu contou que cursa medicina na Universidade Federal da Paraíba. “Quero me formar para retornar ao meu país e contribuir para o seu progresso”. Ele veio ao Rio visitar um primo enquanto aguarda o reinício das aulas na capital paraibana.

A ação no Rio de Janeiro aconteceu um dia depois que outras 500 cestas com alimentos foram distribuídas para um conjunto de creches da região da Brasilândia, zona Norte de São Paulo, também resultado da parceria com a Fundação Via Varejo.

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