Rio de Janeiro (CICV) – Fortalecer a capacidade do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para enfrentar melhor e de maneira segura e sustentável as consequências humanitárias geradas por situações delicadas e inseguras é um objetivo comum para as Sociedades Nacionais da América Latina. Para debater esses desafios, representantes de equipes de primeiros socorros da Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, Nicaragua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai se reuniram no Rio de Janeiro, entre os dias 22 e 24 de junho.
A 5ª edição do Encontro Regional de Primeiros Socorros em Contextos Sensíveis e Inseguros possibilitou aos participantes a oportunidade de trocar experiências e debater sobre as atuações em diferentes locais da região.
“Perceber que acontecem situações semelhantes em diferentes contextos faz bem para o crescimento pessoal e também para o crescimento da Sociedade Nacional”, analisou Ximena Pardo, coordenadora l de Cooperação da Delegação Regional do CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Para Ana Tavares, voluntária da Cruz Vermelha Brasileira e assessora administrativa do Departamento Estadual de Primeiros Socorros do Rio de Janeiro, a troca de ideias promovida no encontro permite que novas estratégias sejam traçadas no dia a dia de trabalho. “É um ponto de vista, um conhecimento diferente, que se agregado aqui, pode trazer soluções para algumas coisas que a gente debate, alguns pontos que temos dúvidas. Estou anotando tudo”, disse.
Durante as sessões, foram discutidos aspectos operacionais práticos para o trabalho das Sociedades Nacionais. A programação do evento contou ainda com uma atividade prática que simulou o contexto de uma manifestação na qual o público inicia um enfrentamento entre diferentes partes, causando feridos e vítimas. “A ideia é por em prática o que aprenderam na teoria. A repetição faz com que eles tenham mais espontaneidade na hora de planejar ações”, explicou Pardo.
Fortalecimento
O encontro também foi uma oportunidade de conectar representantes do três componentes do Movimento Internacional da Cruz Vermelha – Sociedades Nacionais, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho -, criando uma rede de apoio e fortalecendo vínculos que enriquecem o trabalho realizado na América Latina.
“Ter a Federação aqui é um apoio muito grande. Somar forças entre os três componentes do Movimento é sempre importante para fazer as mudanças necessárias para criarmos um melhor ambiente para viver”, destacou Pardo.
Manuelita Diez, oficial sênior de Saúde para a Delegação Cone Sul da Federação Internacional da Cruz Vermelha, chamou a atenção para a diversidade reunida no encontro. “É a possibilidade de queestejamos juntos, que pensemos em dar uma resposta integrada e adequada em relação aos primeiros socorros em contextos delicados e inseguros”, destacou. Essa diversidade de países nos permite construir redes de trabalho. Usar as experiências dos outros nos dá ferramentas para enfrentar melhor diferentes situações”, completou a representante da Federação.
Carla Carbajal, da Cruz Vermelha Hondurenha, faz parte do Movimento há 27 anos, como voluntária e colaboradora. Mesmo com muitos anos de experiência, ela destaca a importância da comunicação, que foi um dos temas abordados. “A comunicação tem e deve ser muito efetiva para a segurança no momento em que estamos trabalhando”, ressaltou.
O Movimento
O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho é uma rede humanitária global de 80 milhões de pessoas que ajudam aqueles que enfrentam desastres, conflitos e problemas sociais e de saúde. Consiste do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e as 192 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.