Uma delegação da Cruz Vermelha Brasileira, composta por oito representantes de três filiais estaduais, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, e também o Órgão Central, viajou até Boa Vista, em Roraima, para fazer uma imersão sobre a Operação Acolhida. Todas as filiais presentes já trabalham com o tema interiorização em seus estados, e buscam ter uma participação mais efetiva durante esse processo.
Durante os dois dias de intensas reuniões e visitas, a instituição pode aprender todos os processos da operação, desde a chegada de migrantes e refugiados venezuelanos na fronteira com o Brasil, até o processo de interiorização, fase em que a CVB dará o maior apoio.
“As visitas institucionais que nós fizemos, ficou muito claro que nós somos uma ponta de um processo mais complexo que envolve muito mais atores do que só o Governo Federal. A gente consegue agora entender que o nosso papel daqui para frente é conseguir unir vários déficits de necessidades para otimizar o processo já existente”, reconheceu Bernardo Eliazar, diretor de captação e projetos da filial Minas Gerais.
Segundo o Cel. Cinelli, Chefe do Estado-Maior Conjunto da Operação Acolhida, estreitar laços com a Cruz Vermelha Brasileira e entender como ela pode ajudar, beneficiará ainda mais a operação, já que a instituição tem um nome muito forte e uma capilaridade nacional.
Além do Cel. Cinelli, que apresentou todo o projeto da Operação Acolhida aos integrantes da instituição na manhã do dia 13, o Cel. Assunção, Oficial de Execução de Interiorização, também recebeu a delegação da Cruz Vermelha Brasileira na parte da tarde e ministrou uma palestra sobre todos os passos de como acontecem esses processos e como a CVB pode potencializar as suas ações nos estados em que já apoia na interiorização.
“Olhando a Operação Acolhida e o papel da Cruz Vermelha Brasileira como órgão de apoio ao sistema público, eu vejo que nós podemos ser inseridos dentro da cadeia de processo, dando apoio fundamental nos ramos que são alocados nas principais capitais do Brasil”, reiterou Luis Awazu, conselheiro nacional e coordenador nacional de desastres e emergências.
“A Cruz Vermelha Brasileira se preocupa muito com o apoio psicossocial, não somente com os venezuelanos, mas também com os voluntários, que por mais que essas pessoas estejam ali de forma passageira é muito marcante em nossas vidas”, assegura Tácito Nogueira, presidente da filial Mato Grosso do Sul.
Todas as visitas aos abrigos, pontos de acolhimento e instalações da Operação Acolhida foram acompanhadas de perto pela Cel. Andrea Fimo.
Movimento Internacional da Cruz Vermelha
Ainda durante a visita da delegação, Julio Cals, convocou uma reunião com membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da Federação Internacional da Cruz Vermelha, que estavam no estado para uma visita de acompanhamento de algumas atividades humanitárias.
A pauta da conversa foi tratada junto com os presidentes das filiais estaduais, para que a Cruz Vermelha Brasileira possa participar das ações conjuntas com o Movimento.
Delegação da Cruz Vermelha Brasileira
Julio Cals – Presidente Nacional da Cruz Vermelha Brasileira
Edson Allemany – Chefe de Gabinete
Luis Awazu – Conselheiro Nacional e Coordenador de Emergência e Desastres da CVB
Leonardo Ali – Coordenador Nacional de Comunicação
Tácito Nogueira – Presidente da Filial Mato Grosso do Sul
Ádria Saviano – Coordenadora de Programas Humanitários da Filial Mato Grosso do Sul
Bernardo Eliazar – Diretor de Projetos e Captação da Filial Minas Gerais
Ricardo Oliveira – Diretor Suplente da Filial Minas Gerais
Encontro com voluntários
Durante a noite do dia 13, Julio Cals, presidente nacional da Cruz Vermelha Brasileira, Edson Allemany, chefe de gabinete e Leonardo Ali, coordenador nacional de comunicação, participaram de um encontro com 19 voluntários que já haviam sido capacitados pela instituição em 2018, e estão se organizando para trazer atividades que possam ser desenvolvidas pela instituição em diversas áreas de atuação.
“Temos uma força muito grande em Roraima, são voluntários que estão prontos para nos ajudar e fortalecer ainda mais o mandato da instituição dentro do estado”, afirmou Julio Cals.
Operação Acolhida
A Operação Acolhida, instrumento de ação do Estado Brasileiro, tem por missão realizar a interiorização dos imigrantes em situação de vulnerabilidade, provenientes da Venezuela, a fim de permitir sua integração socioeconômica e manter o ordenamento da fronteira com a Venezuela em Pacaraima e o abrigamento de imigrantes vulneráveis em processo de interiorização.