Cruz Vermelha Brasileira participa do Setembro Amarelo

08/09/2017 Por: Jorge Velloso

Com palestras, rodas de conversas e ações públicas em algumas cidades do país, a Cruz Vermelha Brasileira participa do Setembro Amarelo, de valorização da vida e prevenção ao suicídio. Ainda tabu em nossa sociedade, o tema, a cada ano, se torna mais preocupante. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, mais de 800 mil pessoas tiram a própria a cada ano, o que corresponde a uma morte a cada 40 segundos.

Cruz Vermelha Brasileira participa do Setembro Amarelo (3)

No Brasil, segundo o ministério da Saúde, 32 brasileiros morrem por dia, número superior a maioria dos tipos de câncer. O Rio Grande do Sul, com uma média de 9,22 para cada 100 mil habitantes, está no topo do ranking. Em seguida vêm Mato Grosso do Sul (7,82/100 mil habitantes), Santa Catarina (7,5/100 mil habitantes), Piauí (7,27/100 mil habitantes) e Roraima (6,54/100 mil habitantes).

Os idosos ainda estão em maior número entre os que tiram a própria vida no País. Mas, em 12 anos, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014, um aumento de quase 10%. Os dados são do Mapa da Violência 2017, estudo publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Em números absolutos, foram 2.898 suicídios de jovens de 15 a 29 anos em 2014. Outras 146 cometeram suicídio antes dos 15 anos. Para especialistas, nove em cada 10 casos poderiam ser evitados com encaminhamento correto ao tratamento.

Coordenadora do Departamento de Psicologia da filial do Rio de Janeiro da Cruz Vermelha Brasileira, Fátima Santos conta que conversas sobre o desejo de se matar podem ser pedidos de ajuda e que tentativas de suicídio malsucedidas não significam falta de desejo ou vontade de “querer aparecer”. Pode ser um ensaio e uma maneira de solicitar ajuda.

Fátima Santos revela ainda que é um engano pensar que pessoas que têm a certeza do suicídio não deixam recado. Lamentavelmente, pequenos comportamentos suicidas e mensagens sutis muitas vezes não são percebidos. A coordenadora da filial Rio conta ainda que, embora seja significativo o número de suicidas que têm algum transtorno mental, uma quantidade importante da população comete o suicídio por desespero de querer acabar com seu sofrimento e/ou por desesperança, sobretudo em momentos de crises econômicas e sociais.

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