Cruz Vermelha Brasileira oferece abraço humanitário a refugiados

27/12/2017 Por: Jorge Velloso Fotos: Leonardo Ali

Cerca de 100 refugiados participaram hoje do Abraço Humanitário, na sede nacional da Cruz Vermelha Brasileira, no Rio de Janeiro. O evento ofereceu cestas básicas, consultas médicas e a possibilidade dos adultos ligarem para os familiares que ficaram em seus países de origem. Também puderam escolher calçados e roupas dispostas em araras. Em um ambiente festivo, com palhaços e música, as crianças receberam presentes, doados por funcionários e voluntários.

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Foi um dia para recordar histórias de um passado recente, nos países de origem, e cultivar esperanças em solo brasileiro. Grávida do sexto filho, a haitiana Yosemithe Lojeune, em seu primeiro ano no Brasil, está feliz por voltar a morar com toda a família. O marido que trabalha na construção civil ficou cerca de um ano sozinho, até reunir condições de receber a mulher e os cinco filhos.

O casal angolano João Paulo Salvador e Adelina Capuckfti enfrentou situação semelhante. João Paulo precisou trabalhar sete meses em uma rede de supermercados, para conseguir trazer a mulher e os três filhos.  Apesar de considerar que vive melhor aqui, o único empregado da família lamenta que a crise financeira que o país atravessa “atrapalha um pouco a adaptação”.

Foi possível constatar também que a solidariedade é uma via de mão dupla. Enquanto as crianças mais velhas corriam pelo pátio com seus brinquedos e os mais novos aproveitavam os colos dos voluntários, a haitiana Rose Elda Fatton queria “retribuir o carinho”. Ela se candidatou para ensinar inglês e francês para outros refugiados.  Morando com o marido há quatro anos no Brasil, Rose, que trabalha em uma empresa de telemarketing, alimenta o sonho de trazer os dois filhos que deixou com a mãe, após o terremoto no Haiti.

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Depois de comer cachorro quente e bolo com refrigerante, o angolano Jordan Bonzola, de 11 anos, era só felicidade. Apesar de dizer que achava “muito legal” morar no Brasil com os pais e quatro irmãos, tinha um motivo especial. Além da bola de couro, exibia o outro presente que acabara de ganhar: a camisa 10 do Flamengo. Feliz, dizia: “é meu time”. Ao ser questionado sobre o que gostaria de fazer no futuro, não teve dúvida: “jogador de futebol”. E saiu correndo com a pelota, executando dribles em adversários imaginários.

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