Cruz Vermelha Brasileira doa cestas básicas no Complexo do Alemão

14/12/2017 Por: Jorge Velloso Fotos: Renato Moura

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Foto: Renato Moura/Voz Das ComunidadesO dia foi de festa para cerca de 100 famílias da Comunidade Parque Everest, no Complexo do Alemão. Cadastradas pela Associação de Moradores e vivendo em situação precária, elas receberam, hoje, cestas básicas da Cruz Vermelha Brasileira. O total superou 1,5 tonelada de alimentos, doados por clientes de duas lojas do Grupo Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, no Dia da Solidariedade, promovido pela rede de supermercados no último sábado.

O grupo de voluntários da CVB foi recebido pela presidente da associação, Regina Brito Dantas, que relatou as muitas dificuldades que os moradores enfrentam. Segundo Regina, boa parte não possui luz e água. Os fios vistos em postes improvisados são fruto “do jeitinho” que as famílias encontram para usufruir dos serviços.

Foto: Renato Moura/Voz Das Comunidades

Mais da metade das famílias que receberam as cestas moram em casas de madeiras. Regina explicou que, apesar das dificuldades financeiras, elas seguem em moradias pouco confortáveis porque não têm autorização para construir casas de alvenaria. Isto porque, poucos metros acima dos telhados improvisados, passa uma rede de alta tensão e, por questões de segurança, a companhia elétrica não permite a construção.

Mas, ainda segundo Regina, o maior problema que a comunidade enfrenta são as enchentes. As casas foram construídas às margens do rio Faria Timbó, onde a população lança esgoto e parte do lixo. Apontando para as traves do campo de futebol que alegra crianças e jovens da região, a presidente da associação de moradores conta que “elas ficam encobertas nas enchentes” e revela com tristeza: “Em cada verão, as chuvas provocam uma ou duas mortes em nossa comunidade”.

Uma das mortes do último verão foi do neto de 13 anos de Maria Cristina Grego, levado pelas águas quando tentava salvar seu cachorro. A resignada dona de histórias tristes teve três filhos e seis netos, mas vive apenas com um deles, que sustenta a casa com um trabalho eventual em uma pizzaria. Quando fala dos outros dois, o semblante da senhora de 48 anos entristece. Um está na prisão. O outro foi assassinado.

Apesar das dificuldades, Maria Cristina contou que vai doar a cesta para a nora casada com o filho preso. “Com meus netos pequenos, ela precisa mais do que eu”. Abraçada aos cerca de 15 quilos de alimentos, Maria Cristina se despede classificando a cesta da Cruz Vermelha Brasileira como “uma grande ajuda”.

Edneia da Silva, foi outra que festejou a chegada dos alimentos. Desempregada, assim como os três dos nove filhos que moram com ela, a senhora que também tem 48 anos sustenta a casa catando latas, garrafas pet e papelão. Após contar que foi uma das primeiras moradoras da Comunidade do Everest, Edneia disse que os alimentos chegaram “em boa hora, porque não tínhamos mais nada para comer”, na casa que fica a cerca de 15 quilômetros do centro do Rio de Janeiro.

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